Quem é que precisa tomar cuidado com o que diz?
Quem é que precisa tomar cuidado com o que faz?
Será que é isso o que eu necessito?
Ninguém fez nada, ninguém tem culpa.
Ninguém fez nada de mais, filha da puta!
Quem aqui não tem medo de passar o ridículo?
Quem aqui, como eu tem a idade de Cristo quando morreu?
Quem é que se importa com o que os outros vão dizer?
Quem é que se importa com o que os outros vão pensar?
Será que é isso o que eu necessito?
Não sei o que você quer, nem do que você gosta.
Não sei qual é o problema seu bosta!
Quem aqui não tem medo de se achar ridículo?
Quem aqui, como eu tem a idade de Cristo quando morreu?
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
Mário Quintana
Este silêncio feito de agonias
E de luas enormes, irreais,
Dessas que espiam pelas gradarias
Nos longos dormitórios de hospitais.
E de luas enormes, irreais,
Dessas que espiam pelas gradarias
Nos longos dormitórios de hospitais.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Era precoce prematura de 2 meses
Com um ano andou de moto
Foi presa mais de seis vezes
Por ter publicado foto
Em que aparecia nua
Dando a bunda em plena rua
E tinha um ano e quatro meses
Aos cinco anos se tornou equilibrista
Fez yoga aos oito anos
E aos dez virou budista
E cansada dos enganos
Que esta vida lhe propunha
Desde os seis fazia unha
Aos onze foi pro analista
Aos doze anos se casou com um analista
De sistema desbundado
Que depois virou artista
De teatro rebolado
Era gay o tal marido
Ela disse "tá perdido"
Aos treze foi ser vigarista
Aos quinze anos viajou por todo o mundo
Aos dezoito seguiu reto
Um guru que era profundo
E aos vinte teve um neto
Aos 25, envelhecida,
Deu um fim à própria vida
Foi-se embora deste mundo
"Ainda bem"
(Oswaldo Montenegro)
Com um ano andou de moto
Foi presa mais de seis vezes
Por ter publicado foto
Em que aparecia nua
Dando a bunda em plena rua
E tinha um ano e quatro meses
Aos cinco anos se tornou equilibrista
Fez yoga aos oito anos
E aos dez virou budista
E cansada dos enganos
Que esta vida lhe propunha
Desde os seis fazia unha
Aos onze foi pro analista
Aos doze anos se casou com um analista
De sistema desbundado
Que depois virou artista
De teatro rebolado
Era gay o tal marido
Ela disse "tá perdido"
Aos treze foi ser vigarista
Aos quinze anos viajou por todo o mundo
Aos dezoito seguiu reto
Um guru que era profundo
E aos vinte teve um neto
Aos 25, envelhecida,
Deu um fim à própria vida
Foi-se embora deste mundo
"Ainda bem"
(Oswaldo Montenegro)
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
Clarice
Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.
Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Quanto ao fato de minha fantasia só existir por causa das sobras de outra, engoli com alguma dor meu orgulho que sempre fora feroz, e aceitei humilde o que o destino me dava de esmola.
Mas por que exatamente aquele carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico?
Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso.
A alegria dos outros me espantava.
Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido, sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina.
Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso de novo eu morria.
Só depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar.
Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Quanto ao fato de minha fantasia só existir por causa das sobras de outra, engoli com alguma dor meu orgulho que sempre fora feroz, e aceitei humilde o que o destino me dava de esmola.
Mas por que exatamente aquele carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico?
Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso.
A alegria dos outros me espantava.
Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido, sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina.
Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso de novo eu morria.
Só depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Revival
Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Estou no meu lugar
Você já sabe onde é...
Não conte o tempo por nós dois
Pois a qualquer hora
Posso estar de volta
Depois que a noite terminar...
Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Seguir a direção
De uma estrela qualquer...
Não quero hora pra voltar
Não!
Conheço bem a solidão
Me solta!
E deixa a sorte me buscar...
Mas vou ficar aqui
Até que o dia amanheça
Vou esquecer de mim
E você se puder
Não me esqueça...
Vou deixar o coração bater
Na madrugada sem fim
Deixar o sol te ver
Ajoelhada por mim
Sim!...
Não tenho hora pra voltar
Não!
Eu agradeço tanto a sua escolta
Mas deixa a noite terminar...
Pra onde ela quiser
Estou no meu lugar
Você já sabe onde é...
Não conte o tempo por nós dois
Pois a qualquer hora
Posso estar de volta
Depois que a noite terminar...
Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Seguir a direção
De uma estrela qualquer...
Não quero hora pra voltar
Não!
Conheço bem a solidão
Me solta!
E deixa a sorte me buscar...
Mas vou ficar aqui
Até que o dia amanheça
Vou esquecer de mim
E você se puder
Não me esqueça...
Vou deixar o coração bater
Na madrugada sem fim
Deixar o sol te ver
Ajoelhada por mim
Sim!...
Não tenho hora pra voltar
Não!
Eu agradeço tanto a sua escolta
Mas deixa a noite terminar...
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Tô de partida,
desarmado e no peito o coração
não levo nada, deixo um sonho
aventureiro de emoção.
Esqueço tudo
pra viver livremente nova paixão
vagando afora encontro o mundo
como um livro aberto esperando a lição.
Foi por amor
todo esse tempo que construí
tudo que passou e me fez sentir
momentos de felicidade.
Ao longe, a saudade apertou a dor,
uma navalha cega que o amor
deixouem pedaços de bondade.
desarmado e no peito o coração
não levo nada, deixo um sonho
aventureiro de emoção.
Esqueço tudo
pra viver livremente nova paixão
vagando afora encontro o mundo
como um livro aberto esperando a lição.
Foi por amor
todo esse tempo que construí
tudo que passou e me fez sentir
momentos de felicidade.
Ao longe, a saudade apertou a dor,
uma navalha cega que o amor
deixouem pedaços de bondade.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Trapaças
Contigo aprendi
A perder e achar graça
Pagar e não dar importância
Contigo a trapaça
Por trás da trapaça
É pura elegância
Se deres por falta
Do teu riso esperto
Dos teus sortilégios
Entende e perdoa
Eu ando nas ruas
Com o sol descolado
Da tua pessoa
(Chico Buarque)
A perder e achar graça
Pagar e não dar importância
Contigo a trapaça
Por trás da trapaça
É pura elegância
Se deres por falta
Do teu riso esperto
Dos teus sortilégios
Entende e perdoa
Eu ando nas ruas
Com o sol descolado
Da tua pessoa
(Chico Buarque)
terça-feira, 13 de outubro de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
House
Você pode pensar que a verdade vai fazer você dormir melhor. Mas na melhor das hipóteses ela vai fazer você dormir no sofá do seu amigo.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
não sonhou, eram quinze para as três quando acordou estremecendo, pela certeza de que alguém havia olhado enquanto dormia, alguém que havia tido o poder de entrar sem puxar aldravas, quem é, perguntou, não era ninguém, fechou os olhos, voltou a sentir que olhavam, abriu os olhos para ver e então , viu, porra, era ela, Manuela Sanchez que andava pelos quartos sem puxar ferrolhos porque entrava e saía segundo sua vontade, atravessando paredes, Manuela Sanchez da minha desgraça com o vestido de musselina e a brasa da rosa na mão e o cheiro natural de sua respiração, mas era ela, era sua rosa, era seu cálido alento, me diga que não é verdade esse delírio, dizia, me diga que não é você, me diga que essa vertigem de morte não é o marasmo da sua respiração, mas era ela, era sua rosa, era seu cálido alento que perfumava o ar do quarto com mais domínio e antiguidade que a ressonância do mar, Manuela Sanchez dos meus pecados que não estava escrita na palma da minha mão, nem na borra do meu café, nem mesmo nas águas da minha morte nas bacias, não gaste meu ar de respirar, meu sonho de dormir, o volume de escuridão desse quarto onde nunca havia entrado nem havia de entrar alguém, apague essa rosa, gemia, enquanto engatinhava em busca da luz e encontrava Munuela Sanchez da minha loucura em vez da luz, porra, por que tenho que encontrar você se não a perdi, se quiser leve minha casa, a pátria inteira com seu dragão, mas deixe acender a luz, escorpião das minhas noites, Manuela da minha sorte, filha da puta, acreditando que a luz libertasse do feitiço, gritando que tirem-na daqui, que me livrem dela, que a joguem nas escarpas com uma âncora no pescoço para que ninguém volte a padecer de sua rosa
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