"Cavaleiro sinistro, embuçado,
Neste negro cavalo montado,
Onde vais galopando veloz?
Tu não vez como o vento farfalha,
E das nuvens sacode a mortalha
Ululando com lúgubre voz?
Onde vais? Onde vais temerário
A correr, a voar, que fadário
Aos ouvidos te grita: fugi?
Por que fitas o olhar desvairado
No horizonte que foge espantado
Em tuas costas com medo de ti?
Tu não vês? Qual matilha esfaimada,
Lá dos morros por sobre a quebrada,
Ladra o eco gritando: quem és?
Onde vais, cavaleiro maldito?
Mesmo oculto nos véus do infinito
Tua sombra te morde nos pés."
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