sábado, 29 de maio de 2010

A definitiva de Lady Galadriel

- A colocação dela foi irretocável, deliciosa, perfeita.
- Sem nenhum desperdício.
- Então cale-se e vá jogar pimball.

The cell block tango

This is a murder, but not a crime

Post it

- Isso é fantástico. Tem noção da raridade de uma colocação sobre a qual TODO MUNDO tem a mesma opinião e a mesma reação? Gregos, troianos, liberais, comunistas e moralistas do caralho alheio. Nem Jesus Cristo consegui tamanha unanimidade. Vc faz o Obama morrer de inveja. Vc podia ser presa por tráfico e a polícia ia te liberar.
- Sei lá. O que me peocupa é que quando todo mundo pensa igual é porque ninguém está pensando.
- Agora parece que quem não está pensando é vc.
- Acho que isso é verídico.
- O caso está encerrado senhores jurados.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Boca do Inferno

Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.

O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.

Quem a pôs neste rocrócio?... Negócio.
Quem causa tal perdição?... Ambição.
E no meio desta loucura?... Usura.

Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que perdeu
Negócio, ambição, usura.

Quem faz os círios mesquinhos?... Meirinhos.
Quem faz as farinhas tardas?... Guardas.
Quem as tem nos aposentos?... Sargentos.

Os círios lá vem aos centos,
E a terra fica esfaimando,
Porque os vão atravessando
Meirinhos, guardas, sargentos.

E que justiça a resguarda?... Bastarda.
É grátis distribuída?... Vendida.
Que tem, que a todos assusta?... Injusta.

Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça.
Que anda a Justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta.

Que vai pela clerezia?... Simonia.
E pelos membros da Igreja?... Inveja.
Cuidei que mais se lhe punha?... Unha

Sazonada caramunha,
Enfim, que na Santa Sé
O que mais se pratica é
Simonia, inveja e unha.

E nos frades há manqueiras?... Freiras.
Em que ocupam os serões?... Sermões.
Não se ocupam em disputas?... Putas.

Com palavras dissolutas
Me concluo na verdade,
Que as lidas todas de um frade
São freiras, sermões e putas.

O açúcar já acabou?... Baixou.
E o dinheiro se extinguiu?... Subiu.
Logo já convalesceu?... Morreu.

À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece:
Cai na cama, e o mal cresce,
Baixou, subiu, morreu.

A Câmara não acode?... Não pode.
Pois não tem todo o poder?... Não quer.
É que o Governo a convence?... Não vence.

Quem haverá que tal pense,
Que uma câmara tão nobre,
Por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence.

Momento SUBLIME de oração depois

Senhor, dê-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar,
a coragem para mudar as coisas que não posso aceitar
e a sabedoria para esconder os corpos daquelas pessoas que eu tive que matar por estarem me enchendo o saco.

Momento SUBLIME de oração antes

Deus me conceda a SERENIDADE para aceitar o que não posso mudar, a TENACIDADE para mudar o que posso e a BOA SORTE para não fuder tudo com muita freqüência...

domingo, 23 de maio de 2010

O corvo, a escrivaninha, bla, bla, bla

- Acho que o cara que arremessa bolinho não está mais com medo de mim.
- Como assim?
- Sei lá. Vai ver ele desistiu.
- Ainda não sei como vc pode ter certeza que ele arremessa bolinho.
- Pela última vez: os arremessadores de bolinho se reconhecem no olhar; estão no mundo, fazem parte do mundo e foram enviados sem alforje e sem sandálias e por aí vai.

O teaser do corvo e da escrivaninha

- Tem uma fração de segundo, antes dos bolinhos começarem a voar, que vc ainda pode sair correndo. Mas o mais recomendável é não comparecer à festa do chá.
- Talvez os bolinhos não sejam arremessados.
- Qual foi a parte que vc não entendeu? E pra que ir a uma festa do chá que não vai ter guerra de bolinho?

A ciência do corvo e da escrivaninha

- Se foi, pôde ser, se fosse poderia ser, se não é, não é.
- Vc está falando de bolinho ou de caneco?
- Estou falando de lógica.

Silêncios, corvos e escrivaninhas

- Ando preocupada com essa história de pensar toda hora no arremesso do caneco. Estou tendo pesadelos com isso.
- É perfeitamente natural. Vc está com medo de levar um caneco na testa.
- Acho que estou com medo de levar um bolinho na testa.
- (suspiro)

O corvo, a escrivaninha - a missão

- Supostamente vc seria capaz de arremessar um caneco?
- Supostamente não. Mas, por definição, nenhum arremessador de bolinho pode jurar que jamais arremessará um caneco.
- A verdade de Deus...
- Lamentável...

sábado, 22 de maio de 2010

O corvo e aescrivaninha, pra variar

- Eu entendo seu problema com os arremessadores de bolinho.
- Entendeu errado. Porque eu não tenho nenhum problema com os arremessadores de bolinho. Só com os arremessadores de caneco.
- Quer dizer que, na sua teoria, todo arremessador de bolinho é um arremessador de caneco em potencial.
- Não é teoria. É a mais dura e triste verdade de Deus.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Corvos e escrivaninhas... Humpft!

- Imagina que eu estava lá numa simples guerra de bolinhos quando, do nada, não mais que de repente, vejo um caneco desgovernado vindo na minha direção. E foi isso.
- Posso imaginar.
- Eu sei que pode, mas, poxa vida. Jogar caneco não estava no programa. Simplesmente era contra as regras. Era um caneco pesado.
- Bom, tenho certeza que ninguém jamais me arremessaria um caneco na cabeça. Pois eu caçaria o infeliz até o final dos tempos, retalharia seu corpo, encheria com mostarda e enviaria para a mãe dele.
- ... Caso encerrado...

Pra variar, o corvo e a escrivaninha

- Como vai o cara que arremessa bolinho?
- Continua sendo um cara e continua arremessando bolinho.
- ...
- É mais do que se pode garantir sobre os arremessadores de caneco!
- Os arremessadores de caneco acabaram de cair da pauta.

Diálogos insólitos (outra vez o corvo, a escrivaninha, etc, etc)

- O problema é exatamente esse. Gente maluca só se sente à vontade com gente maluca, só se interessa por assuntos e coisas de gente maluca e só se dá com gente maluca. Só que gente maluca arremessa bolinho. Como esse cara. Eu aposto dinheiro que ele arremessa bolinho. E ele está com medo de mim.
- Como assim? Por que ele estaria com medo de vc? O que vc fez pra ele?
- Nada. E nem precisa. Ele sabe que eu arremesso bolinho.
- Como ele poderia saber?
- Os arremessadores de bolinho se reconhecem uns aos outros quase que imediatamente.
- E também se atraem. Embora tenham medo uns dos outros...
- Nós arremessamos bolinho, pelo amor de Deus!
- Mas tem pessoas interessantes que arremessam bolinho.
- Todas as pessoas interessantes arremessam bolinho. O problema é que algumas arremessam outras coisas, tipo pratos, bandejas e canecos.
- Mas vale a pena correr o risco.
- Me diga isso depois que tomar um caneco pelo meio da testa.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Declare guerra aos que fingem te amar
A vida anda ruim na aldeia
Chega de passar a mão na cabeça
De quem te sacaneia

terça-feira, 18 de maio de 2010

No que o corvo se parece com a escrivaninha

I don't know why she's leaving, or where she's gonna go,
I guess she's got her reasons but i just don't wanna know,
'cause for twenty four years i've been living next door to Alice
Alice, who the fuck is Alice ???
Twenty four years, just waitin' for a chance,
To tell her how i'm feeling, maybe get a second glance,
Now i've gotta get used to not living next door to Alice.
Alice, who the fuck is Alice ???

sábado, 15 de maio de 2010

"Por ti podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos que combatem
Tendo o teu nome escrito em seus escudos!"

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Capital Inicial

17 anos e fugiu de casa
Às sete horas na manhã no dia errado
Levou na bolsa umas mentiras pra contar
Deixou pra trás os pais e o namorado

Um passo sem pensar
Um outro dia, um outro lugar

Pelo caminho, garrafas e cigarros
Sem amanhã, por diversão, roubava carros
Era Ana Paula, agora é Natasha
Usa salto quinze e saia de borracha

Um passo sem pensar
Um outro dia, um outro lugar

Pneus de carros cantam

Tem sete vidas mas ninguém sabe de nada
Carteira falsa com a idade adulterada
O vento sopra enquanto ela morde
Desaparece antes que alguém acorde

Um passo sem pensar
Um outro dia, um outro lugar

terça-feira, 11 de maio de 2010

Dalila

"Foi desgraça, meu Deus! Não! Foi loucura
Pedir seiva de vida à sepultura,
Em gelo me abrasar,
Pedir amores a marco sem brio,
E a rebolcar-me em leito imundo e frio
A ventura buscar.

Errado viajar sentei-me à alfombra
E adormeci da mancenilha à sombra
Em berço de cetim.
Embalava-me a brisa no meu leito
Tinha o veneno a lacerar-me o peito
A morte dentro de mim.

Tens o peito de fogo e a alma fria.
O cetro empunhas lúbrico da orgia
Em que reinas tu só!
Mas que finda o ranger de uma mortalha,
A enxada do coveiro que trabalha
A revolver o pó.

Não te maldigo, não! Em vasto campo
Julguei-te estrela e eras pirilampo
Em meio à cerração.
Prometeu quis dar a luz à fria argila.
Não pude. Pede a Deus, louca Dalila,
A luz da redenção."

Sombras

" Almas, que um dia no meu peito ardente
Derramaram dos sonhos a semente,
Pessoas que eu amei!
Anjos louros do céu! Virgens serenas!
Madonas, Querubins ou Madalenas!
Surgi! Aparecei!

Furtivos passos morrem no lajedo
Resvala a escada do balcão discreta
Matam lábios os beijos em segredo
Afoga-me a surpresa, o pranto e o medo

A cruz de angústia, que meu ser arrasta
Se tudo recusa-me o fadário
Na hora de expirar, juro que basta,
Morrer beijando a cruz do teu rosário

A orgia qua a mantilha te arregaça
Enche a noite de horror, de mais horrores
É sangue, que referve-te na taça
É sangue, que borrifa-te essas flores"

Remorso

"Cavaleiro sinistro, embuçado,
Neste negro cavalo montado,
Onde vais galopando veloz?
Tu não vez como o vento farfalha,
E das nuvens sacode a mortalha
Ululando com lúgubre voz?

Onde vais? Onde vais temerário
A correr, a voar, que fadário
Aos ouvidos te grita: fugi?
Por que fitas o olhar desvairado
No horizonte que foge espantado
Em tuas costas com medo de ti?

Tu não vês? Qual matilha esfaimada,
Lá dos morros por sobre a quebrada,
Ladra o eco gritando: quem és?
Onde vais, cavaleiro maldito?
Mesmo oculto nos véus do infinito
Tua sombra te morde nos pés."

domingo, 9 de maio de 2010

Carta para minha filha

Não diria à ela busque uma maneira de não errar, de não ser enganada, o custo é muito alto. A gente sai dessas histórias flagelada, e até você se montar, mantendo consigo os resultados dessa experiência, longos anos terão passado e, com eles sua juventude, muito de sua garra, muito de sua fé no mundo que a cerca.

Não diria a ela, se prepare e quando achar que está preparada, fique atenta, cheque tudo, pode ter passado despercebido algo essencial!

Não diria a ela, coloque suas forças naquilo que acredita, se jogue com toda a sua fé, mas tenha sempre algo em desenvolvimento. Se tudo o que você acredita não resultar no que você espera, sua alma não estará perdida! Apesar disso tudo, não se oculte, exista! Pague o preço de existir, você é luz e tudo que existe dentro de você é luz! Portanto você é essencial ao mundo, se você não existisse que pouco brilho o mundo refletiria!
Você sempre estará cercada de pedras enormes, por vezes montanhas, aproveite-as para olhar ainda mais longe, escale todas elas, não se preocupe com força, esta te é inata.
Domine suas emoções e, não permita que elas a dominem! Seja senhora de si mesma, não uma serva de seus instintos.

Não diria a ela, seja indulgente com todos, mas nunca com você. Trate-se como aqueles que necessitam montar-se, ajustar-se para a grande tarefa que é viver.
Lembre-se de voar com suas asas, não contar com as dos demais. Nada contra asas alheias, mas é com as suas que deve voar.

(http://kuinzytao.wordpress.com/2006/09/01/carta-para-minha-filha/)

sábado, 8 de maio de 2010

Well you done done me and you bet I felt it
I tried to be chill but you were so hot that I melted
I fell right through the cracks and I'm trying to get
back
Before the cool done run out I'll be giving it my
bestest
Nothin's gonna stop me but divine intervention
I reckon it`s again my turn to win some or learn some
I won't hesitate no more, no more
It cannot wait, I'm yours